Reunião semanal do Comitê de Infraestrutura debate sobre meio ambiente e situação portuária do Paraná

O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná (MPP) e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, nesta terça-feira (9/5), do engenheiro agrônomo Luiz Antonio Corrêa Lucchesi, integrante do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

O encontro foi aberto pelo vice-presidente do MPP Mário Pereira que, após saudar os demais participantes da reunião, comentou sobre a comitiva do governo do Paraná que foi à Brasília no dia 3 de maio para fazer a entrega do documento de delegação das rodovias estaduais para o governo federal. Pereira destacou que a participação do Pró-Paraná na comitiva demonstra a força e relevância da entidade diante do governo estadual.

O presidente do IEP, José Carlos Dias Lopes da Conceição, completou enfatizando que a ida da comitiva paranaense a Brasília representa um grande passo para o estado na busca de conquistar uma melhor situação para as rodovias e que a delegação destas pode ser considerada uma conquista para os paranaenses.

Após breve introdução do convidado realizada pelo coordenador do comitê, Luís Roberto Bruel, Lucchesi iniciou sua apresentação dando um parecer sobre o Plano de Trabalho da Comissão Temática de Meio Ambiente (CTMA) do Confea, que foi criada com o objetivo de alinhar esforços e estratégias por meio de parceria entre o Confea e os conselhos regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) a fim de fortalecer a capacitação profissional, visando a ética e o conhecimento.

O engenheiro elencou as bases da CTMA e destacou que a comissão se relaciona diretamente com os setores da economia, buscando entender as demandas do estado e determinar as prioridades em que estas sejam resolvidas. Além disso, a comissão visa ainda a fiscalização de medidas em prol da segurança do meio ambiente.

Lucchesi finalizou sua fala afirmando que não basta apenas o contato com o Poder Legislativo ou Executivo, mas é igualmente importante o papel de instruir o Poder Judiciário para que decisões equivocadas deixem de ocorrer e que, as que já foram tomadas, sejam corrigidas de maneira a beneficiar a população e o meio ambiente.

Portos do Paraná

A reunião contou ainda com apresentação do economista e consultor de infraestrutura e logística Luiz Antônio Fayet, que discursou sobre a situação portuária do estado e relembrou a última reunião, realizada em 2 de maio, na qual o Comitê recebeu o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva.

Em sua fala, Fayet apontou a problemática da estrutura de planejamento nacional que atualmente é centralizada em Brasília e não permite que os estados tenham voz ativa no setor portuário. De acordo com o economista, isto afeta o planejamento estratégico portuário em nível nacional e é uma questão que está sendo trabalhada com o Governo Federal e merece atenção contínua.

Fayet relembrou ainda que o Plano Diretor de Paranaguá seria aplicado, inicialmente, a partir de um plano de escala de demandas de obras e melhorias que seria compatibilizado com a escala de demanda de exportação e importação, a fim de ter navios de maior calado, potencializar os carregadores de grãos e reformulação do terminal de contêineres.

Com tais etapas finalizadas, o plano seguiria agora para o aumento da capacidade de exportação do porto. Contudo, isso só seria possível se houvesse continuidade da explosão de safras de grãos no Paraná, o que não ocorreu nos últimos 4 anos de levantamento. Em contrapartida, houve um crescimento no setor pecuário do estado. Com isso, Fayet destaca que o problema do porto de Paranaguá, atualmente, é o desafio de reduzir custos e aumentar a eficiência.

Fayet finalizou sua apresentação afirmando que não é necessário o Moegão, mas sim de um plano de aproveitamento para resolver o plano de Palangana de modo ágil, o que é crucial para a sobrevivência do porto de Paranaguá.

O conselheiro Eugênio Libreloto Stefanelo, do Conselho Deliberativo do Pró-Paraná, esclareceu que a situação dos grãos foi afetada por conta da falta de escoamento, o que pode ser causado pelas rodovias ou deficiência no Moegão. Stefanelo defende que é fundamental realizar o aprofundamento do canal, a repotencialização do processo transportador até chegar no navio, e, por fim, o aperfeiçoamento dos modais de transporte para agilizar o tráfego de mercadorias.

Por fim, o engenheiro agrônomo Nilson Hanke Camargo, ex-presidente da Portos do Paraná e técnico da Faculdade de Educação Paulistana (FAEP), defendeu que o Moegão é um sistema que pode apresentar uma clara melhora para os modais de locomoção. Além disso, Camargo relembrou que a privatização dos canais pode ser uma alternativa interessante para os portos, estaduais e nacionais, a fim de melhorar a economia e infraestrutura destes.

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