O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, nesta terça-feira (12/12), o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva.
A abertura do evento ficou a cargo do presidente do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, e do engenheiro Paulo Peterlini, que representou o IEP.
Após breve apresentação do convidado realizada pelo coordenador do Comitê, Luís Roberto Bruel, Silva deu início a sua fala dando um panorama sobre a movimentação de cruzeiros nos portos parnanguaras e como esta tem impactado na economia não apenas de Paranaguá mas também das cidades litorâneas no geral.
O diretor-presidente apresentou brevemente alguns dados sobre os portos da cidade, destacando sua vantagem geográfica em relação aos demais portos do Sul e Sudeste para a exportação internacional. Silva reafirmou que é necessário um investimento na infraestrutura dos portos para que haja melhor atendimento de demanda e expôs a projeção do Plano de Logística Portuária.
Após apresentar o cenário atual, Silva afirmou que a exportação de grãos representa mais de 50% da movimentação nos portos e que obteve recorde no último ano. Em relação ao canal de acesso, o diretor-presidente destacou que a finalização da derrocagem das Pedras Palanganas está prevista para fevereiro e agradeceu ao Pró-Paraná pela elaboração de análises técnicas e da luta para a realização da obra.
Quanto ao Moegão, sistema que visa reorganizar a logística de exportação em Paranaguá, Silva afirma que atualmente há uma ineficiência operacional, principalmente pela disposição geográfica, e que o projeto representa o rompimento de diversos paradigmas do setor portuário e ajusta o porto para o futuro.
O projeto tem em vista aumentar a capacidade de cargas férrea no porto e centralizar o recebimento ferroviário de grãos. Além disso, será reduzido as passagens de níveis (PNs) e haverá uma melhor organização das movimentações internas do porto. A obra conta com 33,2 km de galerias de transportadores e correias, e, quando concluída, representará 73% a menos de liberação de CO2 e uma incidência de 30% a menos de custo comparado ao modal rodoviário. Silva afirmou ainda que com o projeto concluído, o Cais Leste terá capacidade de descarga de 24 milhões de toneladas ao ano, sendo 900 vagões ao dia.
O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, também participou da reunião e destacou o trabalho do Movimento Pró-Paraná em parceria com o governo do estado. Alex anunciou então que o Governo do Paraná determinou que o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a rodovia do contorno da baía de Guaratuba, uma das principais bandeiras do Pró-Paraná, utilize recursos do próprio governo e não dependa mais da monetização por parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao final do encontro, o espaço foi aberto para contribuições e questionamentos dos demais participantes.