O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, nesta terça-feira (12/9), o ex-prefeito de Maringá Silvio Barros, consultor em sustentabilidade e em governança colaborativa na empresa Solução Consultoria.
A abertura foi feita pelo vice-presidente Mário Pereira, do Pró-Paraná, e pelo advogado Nelson Luiz Gomez, ex-presidente do IEP, que saudaram os presentes e comentaram a relevância do debate semanal, destacando o tema em pauta.
Barros deu início à sua apresentação sobre as cidades do futuro e sobre governança colaborativa. O ex-presidente mostrou a diferença entre os termos “cidades do futuro” e “futuro das cidades”, sendo que o primeiro termo é aplicado para as cidades projetadas atualmente e o segundo aplicado aos projetos futuros das cidades já existentes.
De acordo com Barros, o futuro das cidades deve ser associado ao ESG (do inglês: ambiental, social e governança), que nasceu no âmbito financeiro e migrou para o cenário empresarial, também associado ao poder público.
Foram apresentados então os pilares do ESG e como esses são aplicados na sociedade. No quesito econômico, Barros relembrou que a descarbonização é um fator de peso que afetará o cenário global e ditará o novo estilo de desenvolvimento das cidades. Em relação ao pilar social, o ex-prefeito comentou o avanço da tecnologia e como essa pode ser integrada com os sistemas de saúde, além disso foi destacado também como a crescente onda de robótica afeta o mercado de trabalho.
Contudo, Barros ressaltou que, por mais que a evolução, financeira ou tecnológica, tenha representado um salto para a sociedade, as escolas ainda atuam no mesmo modelo de cem anos atrás. A partir disso, ele afirmou que não há como preparar os jovens para que se adaptem e façam parte do novo modelo de futuro sem que haja uma mudança no estilo de ensino, tanto no cenário nacional quanto no mundial.
Foi apresentado o último pilar do ESG: o ambiental, considerado o mais impactante entre os três e na economia de um modo geral. Barros alertou sobre as mudanças climáticas e como elas influenciam diretamente na sobrevivência humana, destacando que é preciso ter uma interpretação correta sobre o tema.
Por fim, o convidado levantou a questão de qual atitude deve ser tomada politicamente para o futuro e afirmou que há a opção de a sociedade se tornar protagonista ou refém das evoluções anteriormente apresentadas.
Ao final do encontro, o espaço foi aberto para contribuições e questionamentos dos demais participantes.