O comitê de infraestrutura formado pelo Pró-Paraná e pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) discutiu nesta terça feira (07/12) sobre os aprendizados e desafios dos pedágios no Paraná. Para isso, recebeu dois integrantes do Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR): o superintendente Roberto Gregório da Silva Jr. e o coordenador técnico Eduardo Ratton. Ambos apresentaram os estudos que embasaram as orientações do instituto para o período de transição entre as concessões do pedágio no Paraná.
Após a saudação do presidente do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, Silva Jr. destacou que o estudo se dividiu em análise inicial, estudo sobre o modelo de concessão e recomendações, fundamentando-se em três pilares: o legado, a transição e o futuro. Para ele, é grande a importância de garantia dos serviços adequados nas rodovias, bem como da fiscalização, do estabelecimento de metas de desempenho e da governança, para que a sociedade consiga acompanhar o processo com transparência e não fique refém de interesses privados.
Ratton destacou que 55,8% da malha rodoviária sob concessão apresenta problemas. Quanto à sinalização, 47,1% das estradas foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Ele também destacou a importância de que sejam detalhados os investimentos a serem feitos pelas novas concessionárias, bem como estudados os efeitos das obras sobre o planejamento urbano dos municípios afetados e sobre a composição da tarifa. Ratton propõe a criação de um comitê técnico e de um comitê de acompanhamento para cuidar da questão.
Nos debates finais fomentados pelo coordenador do comitê, engenheiro Luís Roberto Bruel, ficou claro que os presentes têm uma visão unânime sobre a relevância de uma fiscalização eficiente tanto do processo de transição quanto da nova concessão. Inclusive, João Arthur Mohr se colocou à disposição para estar presente para o acompanhamento dos próximos 30 anos : “Temos que aprender com os erros do passado e pensar para frente. Então, me convido desde já, Bruel, a estar todas as terças-feiras nos próximos 30 anos discutindo cronograma de obra, realização”. Reforçou também que a FIEP já está preparando um trabalho de acompanhamento dessas obras por lote e com linguagem bem acessível, disponibilizado no site.