O comitê de infraestrutura formado pelo Pró-Paraná e pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) discutiu nesta terça feira (30/11) sobre a participação brasileira na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), com a participação do urbanista João Paulo Ribeiro Santana, da Diretoria de Meio Ambiente do Portos do Paraná. Também estiveram em pauta as Transições das Concessões do Pedágio no Paraná, apresentadas pelo chefe de gabinete da Presidência da FIEP, João Arthur Mohr.
O terceiro tema foi apresentado por Engenio Stefanelo, assessor da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Estado do Paraná e integrante do Conselho Deliberativo do Pró-Paraná, que abordou o Uso e Ocupação das Terras no Brasil.
Os presidentes do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, e do IEP, Nelson Gomez, saudaram os participantes do encontro on-line e agradeceram aos palestrantes por suas apresentações.
João Santana falou sobre duas abordagens:
- “Managing with Care” (Manejando com Carinho), que são os programas ambientais ( sociais, de comunicação ambiental, de preservação de espécies, de educação ambiental para a população, entre outros);
- “Visions of the future” (Visões para o futuro), que são os programas de permacultura, hidrogênio verde…) que estão no início da implantação.
Santana ressaltou ainda a colocação de representantes da própria ONU, que reconhecem o diferencial no projeto do Porto de Paranaguá: “Vocês precisam mostrar isso, porque não tem nenhum outro porto no planeta que tenha esse trato socioambiental e seja um dos portos mais eficientes do mundo”, ele ouviu durante o evento. Santana ainda destacou: “Nós somos o mais eficiente da América Latina”, sintetizou.
Santana finalizou sua apresentação destacando que um dos maiores desafios para o Brasil se tornar mais sustentável seria a migração das energias com fontes fósseis para as fontes renováveis. E para isso o desafio seria o financiamento. “Quem vai financiar? Vai ter um programa de incentivo que vou poder acessar no banco um recurso para implementar?”, ponderou.
Pedágio
Mohr atualizou o comitê sobre a transição das concessões do pedágio no Paraná.
Foram apresentados alguns dados sobre a nova concessão rodoviária no Paraná (dados da ANTT, consulta pública 001/21), seriam eles:
- Tarifa do pedágio: o preço hoje a cada 100 km para veículos de passeio hoje gira em torno de R$16,83, com o leilão e a oferta de desconto pode chegar até a R$8,96;
- Plano de obras: todos os 19 lotes de rodovias atuais já foram licitados e aguardam ordem de serviço para serviços de conservação e manutenção de pavimento;
- Serviços de atendimento médico e guinchos: duas concessionárias fizeram um acordo e prestarão serviço médico e guincho por um ano (Econorte e Caminhos do Paraná), e as outras quatro concessionárias terminarão as obras pendentes. Na áreas dessas quatro concessionárias, o Governo do Estado assumirá os atendimentos via Samu e Siate. Quanto aos guinchos, coleta de animais e inspeções nas rodovias, já existem licitações abertas com recebimento de propostas até o fim desta semana.
Meio ambiente
Para finalizar o encontro, Stefanello apresentou os números relacionados à preservação de matas nativas no Brasil que deveriam ter sido apresentadas na COP26:
- Há 66,3% de área protegida e preservada no Brasil, o que representa 631,8 milhões de hectares. Isto equivaleria à 43 países da Europa e mais cinco territórios europeus;
- Dentro dos imóveis rurais, temos 33,2% de mata nativa, representando 282 milhões de hectares do território nacional. No Paraná, há 22,6% de mata nativa no território do Estado.
- Nos EUA, somente 19,9% do território americano é preservado e protegido, contra 74,3% destinados à agropecuária.