Em apresentação ao Comitê de Infraestrutura, Grupo Pátria afirma que vai dar espaço a empresas paranaenses na operação em rodovias do estado

O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, nesta terça-feira (29/8), representantes do Grupo Pátria, vencedora do leilão do primeiro lote de concessão das rodovias federais e estaduais do Paraná, e o gerente de assuntos estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr. Os representantes do grupo mostraram a abrangência do fundo, que é considerado um dos líderes na gestão de ativos alternativos com operação em toda a América Latina. Ele também afirmaram que pretendem dar espaço a empresas paranaenses nos serviços a serem realizados nas estradas.

Durante a saudação inicial, o presidente do MPP, Marcos Domakoski, fez uma breve introdução sobre o Comitê e as entidades que fazem parte do mesmo, representantes de entidades e empresas que trabalham em prol do Paraná e de órgãos do governo. O presidente do IEP, José Carlos Dias Lopes da Conceição, também saudou os presentes.

A apresentação do Grupo Pátria teve início com a exposição do sócio-gerente, André Sales, CEO e CIO da divisão de Infraestrutura do Pátria, que apresentou a história da empresa e a experiência desta em diversos ramos empresariais. Sales ressaltou a magnitude que o Comitê de Infraestrutura e destacou sua extensão e sua abrangência em termos de entidades e empresas sociedade civil unidas em prol do Paraná. “Estou muito surpreso com a qualidade da interação aqui, com os diferentes fóruns de discussão e os diferentes grupos”, observou.

A condução realizada pelos gestores públicos também foi mencionada, tendo em vista que todo o processo de concessão demandou bastante negociação entre o estado do Paraná e a União, com a perspectiva de que essas políticas públicas são de interesse público, independentemente de vertentes de governo.

O CEO trouxe um breve histórico e mostrou alguns números do grupo e os investimentos que serão feitos nas rodovias paranaenses. No total serão R$ 8 bilhões em melhorias e expansões (Capex) e R$ 5 bilhões em operações (Opex). Ele também descreveu sua cultura corporativa do Patria. “Empreendemos com ética. Não é somente um termo da moda pra nós”, acrescentou Sales.

O head de Logística e Transporte do grupo, Roberto Cerdeira, comentou brevemente a experiência do Pátria em rodovias, apontando como exemplos empreendimentos em São Paulo e na Colômbia. Ele relatou que sempre procurma operar com empresas locais e que no Paraná não será diferente. Cerdeira falou então sobre o projeto estruturado para o primeiro lote de rodovias do estado, destacando a concessão de 30 anos e a garantia da cobrança de tarifa de 50% abaixo em relação ao valor anterior. “Sempre entramos com muito cuidado em novos projeto, estudando o negócio”, pontuou. “Nossa filosofia é cumprir o contrato”, afirmou Cerdeira.

Nas considerações finais Sales se colocou à disposição para periodicamente se reunir com o Comitê de Infraestrutura a fim de dialogar sobre o desenvolvimento das ações relativas à concessão das estradas no Paraná. Domakoski convidou o grupo para não só participar enquanto convidado, mas para se unir aos integrantes do Pró-Paraná, tendo em vista que vai atuar no estado por um extenso período, em uma área estratégica para todo o setor produtivo.

Confira alguns dados do Grupo Pátria

  • Fundado há 30 anos por investidores brasileiros;
  • Gere R$ 130 bilhões, de mais de 500 investidores;
  • Abriu capital na Nasdaq em 2021;
  • Atua com diversos setores, como infraestrutura, saúde, alimentos, transportes e energia;
  • Gere 47 empresas;
  • Soma 52 mil colaboradores em todos os negócios;
  • Para a concessão no Paraná, conta com investidores da Ásia e do Oriente Médio.

Medidas previstas

O encontro então foi retomado para a segunda etapa, com a apresentação de João Arthur Mohr sobre os resultados da licitação do primeiro lote do novo modelo de pedágio. Ele apresentou um panorama sobre as obras previstas para a nova concessão e os pontos já alcançados com o arremate do leilão do primeiro lote, como, por exemplo, a condição de pagar pela obra de duplicação e contornos apenas após estarem concluídas.

Mohr apresentou então o cronograma de execução das obras, sendo que os dois primeiros anos serão focados em restaurações e na parte de aprovações de licenças e projetos. No terceiro ano, deverão ser entregues alguns trechos duplicados.

No quesito de inovações, o gerente da Fiep apresentou que todas as estradas contarão com câmeras de identificação automática de incidentes e da implementação do programa iRAP, que promove segurança nas rodovias. Por fim, Mohr destacou os pontos de atenção para o período útil da concessão, ressaltando a necessidade de haver celeridade nos licenciamentos e a participação social e do governo.

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